Vivíamos já um contexto de constante mudança, com um conjunto de alterações em curso nas organizações, no seu todo, mas, também, especificamente em matérias RH. Mas a partir de 2020, primeiro com a pandemia e posteriormente com o recrudescimento das guerras nas
economias que nos são próximas, passámos a assistir a cenários que conduziram à inflação e à recessão, mas mantendo o mercado de trabalho em situação de quase pleno emprego, o que tem se tem vindo a assumir como uma nova variável. Em termos sociais, a procura de um propósito de vida ganhou mais importância que o trabalho e temos finalmente e em pleno as 5 gerações a trabalhar em equipa. Se antes a necessidade de novas competências já mudava a cada dia, agora enraizou-se a Inteligência Artificial.

Todas estas mudanças influenciam a vida das organizações e impactam nas pessoas, na gestão e nas estruturas organizacionais.  Crescem os desafios na atração e na retenção do talento: já não são só as organizações que procuram as pessoas e ditam a sua progressão nas carreiras; são cada vez mais as pessoas que escolhem as empresas para onde querem ir e como querem desenvolver a sua carreira.
Tudo isto implica um novo modelo de gestão das pessoas, com instrumentos de aferição permanente onde a missão da Gestão de Recursos Humanos terá que resolver desafios complexos onde todos os stakeholders atuam num ajustamento permanente de compromissos e objetivos entre as partes.

Para refletir connosco e partilhar as suas experiências e opiniões sobre este tema convidámos Paula Simões (Recursos Humanos, Aeroporto de Lisboa) e Pedro Castaño (Consultor de Gestão de Recursos Humanos).

Tópicos em debate

• O que mudou nas organizações, nas pessoas e na gestão de recursos humanos?
• Quais as atividades RH que permitem ultrapassar os novos desafios?
• Qual o papel e como devem estar organizadas as equipas RH atualmente?